sábado, 21 de março de 2009

Os teus pés Quando não posso contemplar teu rosto, contemplo os teus pés. Teus pés de osso arqueado, teus pequenos pés duros. Eu sei que te sustentam e que teu doce peso sobre eles se ergue. Tua cintura e teus seios, a duplicada púrpura dos teus mamilos, a caixa dos teus olhos que há pouco levantaram vôo, a larga boca de fruta, tua rubra cabeleira, pequena torre minha. Mas se amo os teus pés é só porque andaram sobre a terra e sobre o vento e sobre a água, até me encontrarem.

Pablo Neruda

segunda-feira, 16 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

Sinto-me como se estivesse naquelas tardes de verão da minha infância, onde era muito feliz por tão pouco.