quinta-feira, 1 de janeiro de 2009



Olá cegonha, gosto de ti!
E a gente sonha...é bom sonhar!

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Superstições na passagem para o ano novo




«Cumprir alguns rituais dá um certo conforto psicológico. Mesmo quem não acredita em superstições, acaba muitas vezes por perpetuá-las, considerando que não custa nada e, pelo sim, pelo não, é melhor cumpri-las, não vá dar-se o caso de até funcionarem», explica o sociólogo e professor da Universidade Nova de Lisboa Moisés Espírito Santo

Comer 12 passas nos segundos finais do último dia do ano e, por cada uma, pedir um desejo é, de longe, a tradição mais popular entre os portugueses.

«Há uma visão mágica associada a esta data, que faz com que as pessoas acreditem que tudo pode mudar de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

Também por essa razão, este é, frequentemente, o momento escolhido para tomar decisões importantes e até mudar de vida: fazer dieta, deixar de fumar, passar mais tempo com a família ou casar, por exemplo, são resoluções com que muitos se comprometem para o ano que está prestes a começar.

Estrear uma peça de roupa interior ou fazer a cama com lençóis nunca antes usados, que a crendice assegura trazerem boa sorte para o amor, são superstições ligadas a esta ideia de novo começo, assim como a ancestral tradição de deitar fora objectos velhos que perderam a utilidade.

Fazer barulho é igualmente um dos mais antigos, mas também mais enraizados rituais associados ao reveillon, um pouco por todo o mundo. Seja gritar, lançar foguetes ou bater em panelas, a ideia, adianta o sociólogo, «é espantar os maus espíritos, os demónios e os velhos fantasmas que possam ter atormentado ou perturbado o ano que passou».

Entre as superstições que prometem bons augúrios para o futuro, subir a uma cadeira à meia-noite é, supostamente, sinónimo de prosperidade, assim como ter uma nota no bolso ou atirar moedas ao ar, no momento em que soar a última badalada.

Numa altura de crise económica, é provável que muitos não se esqueçam de os cumprir. Até porque estes rituais da passagem de ano são como as bruxas: ninguém acredita, mas...