quarta-feira, 25 de março de 2009

Bolacha

Ela não acreditava nos seus lábios quando ele sussurrava «eu amo-te!». Achava que a paixão o levava a proferir tal loucura. No entanto, ele amava-a como se fosse a única mulher no mundo. E era sim, mas só para ele. Ela era a sua rosa, de um encarnado quase preto, cujos espinhos insistiam em rasgar-lhe a pele. Era como se a vida morresse quando eles se uniam, os fogos mais infernais pareciam gelo imaculado derretendo nos seus corpos suados pela sensualidade do amor. A outra espreitava-os todas as noites, com desdém. Mas não foi ele que os traiu. Foi a vida que lhes roubou os sentidos numa tentativa de lhes abafar a intensidade com que se amavam. Eles não se deixaram enganar por algo tão terreno. No entanto ela continuava a não acreditar nos seus lábios, nos seus olhos, na delicadeza com que lhe tocava e na sinceridade com que lhe dava prazer. Algo no passado dela obrigava a que estivesse sempre insegura como se o jardim onde estava plantada lhe roubasse as raízes uma a uma. Mas ela amava-o, à sua maneira. O tempo passa agora por eles... e os seus lábios sabem tão bem quanto ele, que nunca enganaram aquela rosa...

2 comentários:

ana disse...

ta mta giro

ana disse...

mas es estuspido ...es sim hhihi